Apostar em Neymar é um terreno seguro para quem quer um embaixador nos Jogos Olímpicos. Ele é o atleta mais conhecido do Brasil e certamente terá os holofotes da mídia em um esporte em que a medalha de ouro é obsessão do país. Mas isso não significa, necessariamente, que ele será a melhor aposta de uma empresa que queira associar valores a um grande ídolo.
O grande atrativo dos Jogos Olímpicos é que eles são uma fábrica de boas histórias. Isso se aplica a todos os esportes, mas nenhum evento consegue tantas imagens e nomes novos quanto a Olimpíada.
O problema é que desvendar quais serão essas histórias para poder, de alguma forma, se apropriar delas é uma tarefa absolutamente ingrata. Há aquelas que são previsíveis, como o recorde de medalha de um grande nome, mas não há nenhuma garantia que essa seja a imagem que irá verdadeiramente tocar os torcedores.
Em 2012, a Sadia sentiu isso na pele. Em sua campanha com time de atletas, a empresa usou o esporte para associar ao conceito “vida mais gostosa”. Patrocinadora da Confederação Brasileira de Ginástica, um dos nomes exibidos era de Diego Hypólito. Mas quem brilhou na categoria e empolgou os torcedores foi Arthur Zanetti. Sua presença se tornou fundamental, e a companhia fez uma substituição no comercial que era exibido na televisão.
Neymar pode ser, hoje, uma unanimidade, mas não há como driblar o imponderável: o mais poderoso garoto-propaganda dos Jogos Olímpicos só será descoberto daqui um mês. É, talvez, a mais divertida característica desse evento.