Os clubes brasileiros – a agora o Movimento por um Futebol Melhor – têm percebido a importância da alimentação nos estádios. Cada vez mais, o cachorro quente de quinta categoria dá espaço a comidas mais apetitosas. Ainda assim, há um empecilho latente ao redor das arenas: a ilegalidade.
Em São Paulo, o problema é gritante nas duas novas arenas da cidade. Tanto na lateral da Radial Leste quanto na antiga Rua Turiassu, atual Palestra Itália, os ilegais carros de comida funcionam com a maior tranquilidade.
Para o torcedor comum, é uma concorrência quase desleal. Os food-trucks informais são mais baratos e ainda oferecem cerveja, artigo que, por algum motivo desconhecido, ainda é proibido dentro das arenas. Como é costume em diversas arenas pelo Brasil, os torcedores retardam a entrada no estádio para beber nas ruas.
Em nenhum dos estádios, o sistema de alimentação interno é perfeito. A reclamação mais comum está no preço da oferta. Ainda assim, é difícil exigir maior desenvolvimento dessas áreas se a demanda é pequena, mesmo com a alta média de público das duas estruturas. Nesses casos, a concorrência externa não ajuda, apenas afasta as empresas interessadas.
Por sinal, o mesmo vale para os produtos falsificados, vendidos aos montes nas portas das arenas. A existência dos camelôs é quase uma provocação às modernas lojas oficiais.
Para os clubes, resta apenas a pressão às autoridades responsáveis. Além, claro, da noção de que atualmente aquele “clima de antigamente” só é compatível no calor das arquibancadas. Comercialmente, ele deve ficar para trás.