Em discurso humilde, Paulo Nobre declarou há pouco dias que seu principal objetivo como presidente do Palmeiras era entregar o clube melhor do que era antes. Com investimento pessoal, organizou as finanças do time e o tornou um ambiente seguro para a chegada de um grande parceiro. Mas não é o suficiente.
O grande gargalo, hoje, é a dependência do Palmeiras de seus mecenas, da mesma maneira que ocorria com a Parmalat. E a saída da companhia italiana foi uma tragédia para a equipe paulista. As situações passam a ideia de que a equipe não triunfaria com as próprias pernas.
Essa é uma grande mentira que precisa ser resolvida com urgência no Palmeiras.
A próxima gestão do Palmeiras terá que sair da zona de conforto para não deixar o passado recente da equipe ser uma assombração viva no Palestra. E isso é muito mais fácil de ser feito quando não há escassez de recursos.
Sem espaço na camisa, o Palmeiras tem que concentrar seu marketing na busca de novos parceiros que possam ativar diversos segmentos entre os mais de 100 mil sócios, os milhares de torcedores que passam pelo Allianz toda semana e o milhões de seguidores do time espalhados pelo Brasil. Com verba, não é necessário pensar em contratos vultosos, mas sim na criação de uma rede de contatos e em entregas acima da média do mercado.
Ninguém no Palmeiras pode cair novamente da falácia de que o clube não é maior do que a Crefisa ou do que os empréstimos de Nobre.