Análise: Indústria volta a exigir mais qualificação de mão-de-obra

Por que estudar marketing esportivo? Há 15 anos, essa era a pergunta que me faziam quando contava que ia fazer um curso nessa área. O esporte não era profissão, ou pelo menos muito pouca gente acreditava nisso.

Vou fazer marketing esportivo! Há 10 anos, essa era a afirmação que muita gente fazia depois de o Brasil ter sido eleito sede da Copa do Mundo. O esporte era paixão que viraria profissão, um sonho de projeto de vida.

Há quatro anos, no auge do período “Brasil dos Megaeventos”, o Brasil viveu uma situação inusitada. Após um boom de ofertas, sumiram os cursos de marketing esportivo no país.

A sensação de que a oferta seria sempre maior do que a demanda (seja de cursos, seja de mercado de trabalho) fez com que os cursos ruíssem na euforia do Brasil pré-megaeventos.

O prenúncio da terra arrasada que viria em 2017 foi se concretizando no quesito investimento no esporte (é só ver o desespero de Carlos Arthur Nuzman com o COB pós-Rio), mas curiosamente na questão formação de profissionais o mercado inverteu-se. O ano de 2017 começou com a notícia de criação de dois cursos na área de gestão esportiva. E, mais do que isso, as pessoas voltaram a querer saber com mais afinco sobre como é a área.

É esse o maior alento do Brasil pós-megaeventos. O resquício de indústria que ficou do período de bonança se fortalece e volta a investir em qualificação de mão-de-obra e especialização. A volta da possibilidade de se estudar marketing esportivo no Brasil é uma boa notícia para a indústria.

A diferença, de 15 anos para cá, é que o esporte começou a contratar cada vez mais gente. É exatamente esse movimento que será responsável por ampliar o campo de trabalho e, naturalmente, a oferta de cursos na área no Brasil após os megaeventos.

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