Toda aposta de empresa em um garoto-propaganda contém riscos. Se por um lado a marca toma emprestada a credibilidade de uma celebridade, ela está sempre à mercê do comportamento dessa pessoa.
Posto isso, há contratos menos e mais arriscados. E Robinho, hoje, está no segundo grupo. Ainda assim, a iniciativa da Dry World é interessante (leia mais na página 4).
A verdade é que a marca canadense ainda é uma ilustre desconhecida no mercado brasileiro, e se tornar parceira de um jogador com rodagem pelo futebol mundial e com status de ídolo da seleção brasileira coloca a companhia num patamar mais interessante para o mercado.
E, para a relação com os atleticanos, cria-se um primeiro laço de parceria. A empresa recém-chegada deu um ídolo ao Galo e está empenhada em crescer com o clube.
Um retorno mais satisfatório do investimento, no entanto, dependerá de um jogador em declínio e que nunca foi bom garoto-propaganda.
Robinho, por exemplo, era um dos principais nomes da Nike em tempos mais grandiosos. A relação entre ambos terminou na Justiça, com ganho para a companhia americana.
Se não tiver o total comprometimento do jogador, a Dry World poderá apostar na alta visibilidade que ele leva ao clube. O Santos sempre apostou nisso nas idas e vindas dele.
Mas, mesmo assim, a visibilidade cairá caso Robinho apresente um futebol tímido, o que tem acontecido com frequência há alguns anos.
Ao Atlético, resta o case Ronaldinho Gaúcho para provar que riscos estão aí para trazerem bons ganhos.