Análise: Lance Armstrong, Anderson Silva, Muhammad Ali e o atleta-herói

Você leu hoje na Máquina do Esporte sobre a devolução de US$ 10 milhões de Lance Armstrong a um patrocinador. Deve ter visto, em meio à folia de Carnaval, que Anderson Silva foi pego no doping mais uma vez. E, provavelmente, ainda não sabe, mas o ex-lutador Muhammad Ali é o novo contratado da Under Armour, num negócio com cifras milionárias.

Ali foi um dos maiores de seu esporte, assim como foram um dia Armstrong e Silva. O que diferencia o boxeador dos outros dois atletas é exatamente a lisura de sua conduta.

O atleta precisa ser, antes de qualquer coisa, um herói. Ele não pode falhar. É exigência imposta desde a Grécia Antiga, quando o atleta ganhava o status de semideus ao vencer uma determinada competição.

No esporte profissional como o de hoje, parece ser cada vez mais difícil que um atleta permaneça “limpo” na sua batalha pelo estrelato. Com o nível de competição lá no alto, a tentação pela trapaça parece ser a regra.

Esse é o cenário de alto risco para uma marca se associar a um atleta. Como conseguir obter retorno com um atleta se os melhores exemplos, com o passar do tempo, provam-se autênticas farsas? Como a empresa consegue se livrar desse risco?

Não existe fórmula pronta, mas a própria Under Armour dá uma pista do que é possível fazer. Os grandes ícones do esporte são, ainda hoje, grandes marcas a serem trabalhadas. Ali terá uma linha completa de vestuário da UA. Não precisa ir para o ringue, basta ser o ícone que é. Pelé, Ayrton Senna e Guga são os nossos Ali. São nomes seguros para se investir na temática esportiva.

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