Análise: Ligas têm que pensar estratégias conjuntas no Brasil

A Superliga de vôlei, o Novo Basquete Brasil, a Liga Nacional de handebol e a Liga Futsal deram um importante passo de aproximação nesta semana, realizando sua primeira reunião na sede da Confederação Brasileira de Vôlei, no Rio de Janeiro, para se pensar uma estratégia de cooperação.

Em um país em que o futebol monopoliza as atenções, é salutar que basquete, vôlei, futsal e handebol pensem ações conjuntas de gestão, marketing e governança a fim de cortar custos e fortalecer seus campeonatos.

No país, todas essas ligas sempre se venderam, de maneira semelhante ao SBT no setor televisivo, como a “líder absoluta do segundo lugar”. Em determinados momentos, cada uma teve fortes argumentos para assumir esse papel.

O vôlei foi beneficiado pelo absoluto sucesso das seleções brasileiras em Olimpíadas e Mundiais desde os anos 90. O futsal experimentou uma popularidade razoável com títulos em Copas do Mundo e investimento em ídolos como Manoel Tobias e Falcão. O basquete mostrou excelência com a constituição de sua liga independente, o NBB, e sua associação comercial com a NBA. Já o handebol se fortaleceu sobremaneira com o surpreendente título do Mundial feminino da Sérvia, em 2013.

Todas essas ligas têm seus méritos e boas histórias a oferecer ao mercado e aos torcedores. Pensando estratégias comuns, poderão finalmente perceber que ganham muito pouco ao se digladiar entre elas em busca do segundo posto. Mas podem se fortalecer simultaneamente. Quem sabe assim, farão com que o público hoje com os olhos concentrados nos gramados também volte suas atenções para as quadras.

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