Análise: Maratona do Rio é união rara de turismo com esporte

O festival de corridas que compõem a Maratona do Rio foi realizado neste final de semana. E, apesar da obrigatoriedade de mudanças de percursos nas provas maiores, por conta da interdição da Avenida Niemeyer, o evento mais uma vez comprovou sua eficácia ao conseguir unir esporte e turismo.

Ao todo, mais de 40 mil pessoas participaram de pelo menos uma das seis provas oferecidas. Cidadãos de nove países e de todos os estados do Brasil estiveram no Rio para a prova. Desde que começou a ser disputada no feriado de Corpus Christi, em 2016, o festival passou a ser visto com olhos ainda melhores por inúmeros corredores amadores. Afinal, fica bem melhor se deslocar a uma outra cidade e passar um feriado de quatro dias do que ter que fazer tudo correndo e às pressas em um fim de semana comum.

E é aí que entra o turismo. Os corredores conseguem aproveitar a cidade, visitam pontos turísticos, lotam bares e restaurantes e, assim, injetam ainda mais dinheiro na economia da cidade.

Neste ano, quem apresentou comprovante de inscrição conseguiu desconto no passeio de bondinho do Pão de Açúcar e no AquaRio, o maior aquário da América Latina, por exemplo. A estratégia também foi usada por patrocinadores, como a Movida, que deu desconto no aluguel de carros para os corredores inscritos.

Os percursos das provas em si também ajudam a alcançar esse objetivo. A Meia Maratona, por exemplo, propiciou aos corredores as belas imagens do nascer do dia em toda a orla do Leblon, Ipanema e Copacabana, além da vista do Pão de Açúcar por diversos ângulos ao contornar toda a Enseada de Botafogo em direção ao Aterro do Flamengo. Na Maratona, além de tudo isso, ainda passa-se muito perto do Museu do Amanhã e do AquaRio.

É verdade que a disputa da Copa América em solo brasileiro e até a etapa do Mundial de Surfe (WSL) em Saquarema, cidade que fica próxima ao Rio de Janeiro, ajudaram a atrair mais gente à cidade. Mas pode-se dizer que foi uma feliz coincidência.

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Foi muito comum ver corredores parando em diversos pontos das provas para bater fotos e celebrar a vista. Com o “canhão” das redes sociais, além de tudo, as imagens ainda incitam amigos e familiares a viajarem para a cidade, se não for para correr, pelo menos para conhecer as belezas da capital fluminense.

A Maratona do Rio mostrou que o casamento entre turismo e esporte pode ser uma ótima ferramenta não apenas para a promoção do destino de viagem mas até para fazer com que a prova consiga atrair sempre mais corredores.

* O repórter viajou a convite da Olympikus

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