Análise: Marcas não fogem de quem dá retorno

Em meio à fuga de patrocínios no pós-Jogos do Rio 2016, há duas boas notícias na home da Máquina do Esporte que o leitor visualiza hoje.

A Confederação Brasileira de Judô renovou com a Mizuno. A empresa é referência em equipamentos para judô, esporte nacional do Japão, seu país de origem.

Embora o tempo de contrato não tenha sido revelado, é de se esperar que Mizuno e CBJ mantenham a parceria até Tóquio 2020. A marca lucra com a boa exposição obtida por uma equipe forte como a brasileira. Para a CBJ, é a garantia de material de qualidade na volta da Olimpíada à terra dos tatames.

Mas o judô não tem só a Mizuno. Outras cinco empresas apoiam a modalidade, entre privadas (Bradesco, Scania e Cielo) e públicas (Correios e Infraero).

A Confederação Brasileira de Rúgbi, por sua vez, renovou com a Robert Walters. Provavelmente você nunca ouviu falar dessa firma.  Mas não é a única que se associou ao esporte. No total, 18 marcas têm contrato com a CBRu, um número invejável.

Mas por que judô e rúgbi triunfam em um contexto de derrotas?

O judô deu retorno com visibilidade e ações. Apesar de a campanha no Rio ter ficado aquém da esperada, o esporte contou grandes histórias, como a do ouro redentor de Rafaela Silva.

Resultado não é algo que o rúgbi consiga entregar. A modalidade é nova no país e a CBRu, só para citar uma campanha antiga, ainda espera que “um dia isso vai ser grande”.

Mas, com um trabalho profissional, a modalidade soube promover seus apoiadores. Ações impactantes, como o rúgbi no Pacaembu, tiveram espaço para ativações dos parceiros.

Uma lição judô e rúgbi dão ao esporte brasileiro: se era esperado que os investimentos diminuíssem após a Olimpíada, é possível fazer um bom trabalho e renovar vínculos. Sem mimimi. 

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