Análise: Mercado ainda não percebeu popularização de futebol americano

O futebol americano parece ter cravado raízes no Brasil. Apesar de o Super Bowl ter visibilidade na TV desde os anos 80, havia pouca empolgação por aqui pelo maior evento esportivo dos EUA.

A insistência da ESPN com a NFL começou a mudar isso. Nos últimos quatro anos, o Super Bowl cresceu a audiência em 800%. Ainda assim, parecia um interesse cíclico, diante de evento que possui atrações para além do jogo.

 

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O que expõe essa mudança é a organização de torneios regulares no país. Pela quinta vez em dois anos, o esporte da bola oval irá invadir os gramados de futebol, com jogo no Beira-Rio, uma das arenas da Copa.

Os estádios do Mundial, aliás, têm sido alguns dos palcos preferidos dessas ações. As Arenas Pantanal e Pernambuco já abrigaram duelos. O estádio de Cuiabá ostenta o recorde de público no Brasil: 14 mil pessoas.

No dia 20, foi a vez de a Arena Independência abrigar uma partida. O jogo entre Minas Locomotiva e Get Eagles, pela abertura do Campeonato Mineiro, atraiu 5.634 pagantes.

Apenas como comparação: Atlético x Cruzeiro, no mesmo local, uma semana depois, pelo Campeonato Mineiro, teve 15.842 torcedores.

A NFL já se atentou a esse interesse do público nacional. Em fevereiro chegou-se a especular a possibilidade de o Jogo das Estrelas do futebol americano ser no Brasil em 2017.

Quem ainda não percebeu esse novo público é o mercado. Só os grandes jogos atraem patrocínios pontuais. Patrocinadores fortes, como Visa e Bud, podem ser o impulso que falta ao desenvolvimento do futebol americano no Brasil.

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