No quarto dia do III Curso de Férias da Máquina do Esporte, que começará na próxima segunda-feira (26), serão discutidos eventos esportivos no Brasil. Os convidados, Álvaro Cotta do NBB e Luiz Procópio Carvalho da IMM, são responsáveis por dois dos maiores acontecimentos fixos no calendário, o Rio Open e o Jogo das Estrelas. Mas, na reunião que decidiu o curso, houve um incômodo: quais seriam as outras possibilidades? Fórmula 1, claro. E o que mais?
Após os megaeventos, o Brasil carece de grandes competições esportivas, aquelas que se perpetuam no calendário. Um pouco pelo mercado incipiente, um pouco mais pela crise econômica. Algumas marcas até se afastaram do país, como o UFC que reduziu o número de encontros, e a Fórmula Indy, que não encontrou acordo para ser sustentável.
E isso acontece justamente quando o país tem uma melhor estrutura para receber os eventos, com os novos estádios e o Parque Olímpico do Rio. Um bom exemplo disso foi a realização do UFC e da Liga Mundial na Arena da Baixada; foi um ginásio gigante para ninguém colocar defeito.
Mas o mais estranho dessa situação está justamente na maturidade dos patrocinadores dos eventos que têm se mantido anualmente. Destaque desta edição, a variedade de ativações no Rio Open mostra bem como as empresas têm entendido a necessidade de ir além da exposição em um evento esportivo. Temos, no Brasil, um envolvimento de marca com o evento cada vez mais elogiável.
Com uma provável retomada econômica, é possível sonhar com um número maior de eventos fixos. O único problema é que um bom nível de ativação dificilmente começa na primeira. O Rio Open mostra que sua consolidação é fundamental para que os parceiros tenham maior qualidade na hora de investir.