Análise: mercado de material ainda se adapta à realidade

Faz dois anos que o Flamengo fechou com a Adidas, e o mercado de material esportivo no Brasil ainda não se ajeitou completamente. O acordo entre a empresa alemã e o clube mais popular do Brasil foi um momento de ruptura nesse segmento, que andava com as contas pouco atualizadas.

Quando o Flamengo quase dobrou o que ganhava em material esportivo, ele puxou todo o mercado. O Corinthians renovou por dez anos com a Nike, com valores próximos ao do time carioca, e o São Paulo fechou um contrato recorde com a brasileira Penalty.

O mercado inflacionou, e as marcas menores ficaram encostadas em um segundo escalão. Hoje, Nike, Adidas e Puma mantêm 13 clubes da Séria A, contra sete em 2012.

Nesse contexto, entra a Umbro com o Vasco. O time carioca mantinha acordo com a Penalty, que tem perdido seus grandes clubes. Os valores do novo acordo estão no padrão atual, longe do que era fechado com a empresa brasileira.

Aos poucos, todos os clubes grandes estarão alinhados à nova realidade. E o movimento parece mais rápido do que aconteceu com os patrocinadores. O Corinthians elevou os valores em 2009, com Ronaldo, e todos os clubes seguiram o crescimento.

Manter o patamar e ampliar a gama de patrocinadores permanece como desafio nesse caso. Enquanto os clubes conseguem fornecedores fortes, eles ainda sofrem para encontrar empresas dispostas a entrar nesse novo mercado. 

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