Quer saber o caminho que as marcas vão seguir no investimento em mídia? Olhe para as marcas esportivas.
Costumo usar essa frase em conversa com outros profissionais de empresas de comunicação. Há 13 anos, quando surgiu a Máquina do Esporte, entendi que a marca esportiva está sempre um passo a frente das demais no que se refere à comunicação com o público.
A montagem do time de influenciadores e a decisão de investir na cocriação de conteúdo com eles feitas pela Adidas é uma prova clara disso. Assim como a marca esportiva, outras empresas entenderam isso lá no Rio.
Bradesco e Coca-Cola foram outros que apostaram nesse tipo de abordagem para falar com o público. Agora, o caminho parece ser esse. Buscar o influenciador não mais para endossar o produto, mas para interagir com ele e, assim, ser relevante ao consumidor.
Isso, porém, gera certa “revolta” na mídia tradicional, que não entende o porquê de perder espaço para quem teoricamente não produz conteúdo.
O fato é que a mídia precisa voltar a ser influenciadora, se quiser manter o anunciante. Esqueça apenas a métrica já batida de alcance de pessoas. Se você tiver qualidade de produto e for importante para o consumidor, certamente terá seus patrocinadores.
O que mudou para o mercado não é só a pulverização do acesso à informação. Mudou a forma como nós, consumidores, nos conectamos à informação. A quebra de paradigma está exatamente em entender como passar uma informação para o público de uma forma que você seja essencial para as pessoas.
Os influenciadores não são a causa do problema de geração de receita da mídia tradicional. Ela é que deixou de ser tão influenciadora hoje em dia.