Análise: Não queremos cangurus, queremos mais respeito

A entrega da Vila Olímpica em situação escandalosamente precária foi a primeira (e última, esperamos mais uma vez) grande vergonha da organização brasileira nos Jogos do Rio. As fotos dos apartamentos da Austrália foi uma amostra daquele que é conhecido por não ser um país sério, uma imagem que todo brasileiro honesto, maioria deste povo, quer distância cada vez maior.

E a cereja do bolo veio com Eduardo Paes. Uma piada. Com resposta à altura por parte do Comitê Australiano. O prefeito do Rio de Janeiro parece que precisa ser constantemente lembrado do limite entre ser um político carismático e um notório idiota. Seu comentário sobre o tal do Canguru parece oficializar a fanfarronice de uma gestão brasileira.

Queremos mais respeito. No uso de recursos públicos, que nem é o caso da Vila Olímpica, isso é absolutamente óbvio. Mas, além disso, é a imagem de todos nós, brasileiros, que está em jogo quando um trabalho porco é entregue em um grande evento esportivo. Essa sonora incompetência passa a ser de todos nós em um episódio como esse. E essa é uma responsabilidade que ninguém quer assumir.

Nós, da Máquina do Esporte, renovamos constantemente a fé de que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serão um enorme sucesso. Insistimos porque conhecemos de perto muitos dos patrocinadores e organizadores desse evento e sabemos o quanto de suor foi despejado em um dos maiores projetos da história do país.

Já passou da hora dos velhos marajás, públicos e privados, pararem de estragar a nossa festa.  

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