Análise: No São Paulo, bola pune mais do que gestão

Faltam 15 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e, portanto, ainda é impossível falar em resultados finais, como rebaixamentos ou título de equipes. Ainda assim, esse deverá ser um dos piores Nacionais do São Paulo. E, diferentemente de outros grandes times brasileiros que caíram, o time paulista está longe de ser uma tragédia na gestão.

Apesar do escândalo mais recente, com a demissão do gerente de marketing, o São Paulo vive um momento de profissionalização da gestão, com um estatuto mais maduro e mais próximo do que se espera de uma estrutura de clube sério. A gestão anterior, é verdade, terminou com um constrangedor afastamento de presidente, mas o fato já completou mais de um ano, bastante tempo no mundo do futebol.

Desde então, o São Paulo tem colecionado novos patrocinadores, inclusive com um novo aporte máster. O clube também passou da marca de 100 mil sócios-torcedores e se consolidou como um dos maiores do Brasil nesse quesito. É um cenário completamente fora da realidade de equipes grandes que terminaram o Campeonato Brasileiro rebaixadas.

A situação, claro, não é a ideal. Demissões, crises e problemas internos que se tornam públicos não formam o cenário ideal para uma equipe de futebol triunfar em um torneio longo. Mas, na prática, não é nada muito distante do que acontece com a maior parte dos times brasileiros.

Por isso o São Paulo dá outro sentido à frase de seu ex-técnico Muricy Ramalho, “a bola pune”. Porque, se o São Paulo for rebaixado, será basicamente pela má gestão do futebol, com más escolhas de técnicos e péssimo planejamento de elenco.   

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