Análise: o patrocínio da Crefisa à FPF está todo errado

Não é preciso ser um gênio para perceber algumas sutilezas do mercado de marketing esportivo. Mas, dependendo da Federação Paulista de Futebol, que adora subverter a lógica do bom senso, tudo é possível. Nessa quinta-feira, a entidade conseguiu abafar o fato de ter ignorado a esdrúxula regra que colocava um dos times de São Paulo para jogar no interior, para anunciar um patrocínio para lá de infame.

O patrocínio da Crefisa é a pior parceria dos últimos tempos. Todos os participantes, sem exceção, saem perdendo. A grande questão, claro, recai sobre a influência, direta ou indireta, que o patrocínio terá sobre os árbitros. Não se trata de um questionamento da idoneidade da Federação e de seus juízes, mas sim da imagem que o aporte levará aos torcedores. Por uma quantia nada significante, apenas os custos da arbitragem, gerou-se uma crise de credibilidade.

À marca, fica a desconfiança dos torcedores. A rejeição, que por pesquisa se mostra insignificante em patrocinadores de clubes, ganha força na percepção de uma “marmelada”. Isso em troca de alguma exposição por alguns dias. Ao Campeonato Paulista, que já não vive seus melhores dias, fica a maior distância para os torcedores.

E, finalmente, sobra até para o Palmeiras, que nada tem a ver com a situação. O clube, que após alguns anos vive um bom momento, pode ver seu favoritismo sair de fatores de campo. Uma bobagem desnecessária.

Para piorar, há a questão com a Fifa. Ou a Federação não tinha ideia desse detalhe, ou o ignorou por completo.

Enfim, tudo errado.   

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