Análise: O que falta para o futebol feminino deslanchar?

O Brasileirão feminino de futebol, encerrado na quinta-feira, foi um sucesso. Santos e Corinthians trouxeram a rivalidade dos homens para a decisão entre as mulheres.

A competição teve bom público, com destaque para os 25 mil torcedores que o Iranduba colocou na Arena Amazônia na semifinal. Foi uma das raras vezes em que esse elefante branco da Copa-2014 reuniu um público significativo no ano.

As perspectivas são boas, já que o Profut, programa do governo federal de refinanciamento da dívida dos clubes de futebol, obriga os times a investirem no feminino.

Os efeitos foram vistos neste Brasileirão, que teve a presença de oito clubes da Série A masculina: Corinthians, Coritiba, Flamengo, Grêmio, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória. A segunda divisão também contou com times tradicionais, como América-MG, Náutico e Portuguesa.

O patrocínio de R$ 10 milhões da Caixa garantiu que as despesas com logística fossem quitadas.

Mas o que falta para a modalidade finalmente deslanchar?

Hoje, a maior queixa é com o calendário. Mas, ao contrário dos homens, as mulheres reclamam é da falta de jogos. Muitos times ficarão em inatividade até o início do próximo Campeonato Brasileiro, em março. Os quase seis meses de inatividade inviabilizam manter a folha salarial e atrair patrocinadores.

Diante do sucesso da competição passada, não parece complicado que a CBF estabeleça uma sequência de torneios que cubra o ano inteiro. Para os clubes, é um novo ativo a ser oferecido ao mercado. Com a visibilidade na TV e na imprensa, além das possibilidades que o streaming pelas redes sociais oferece, pode ser uma nova fonte de renda para os clubes. 

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