Análise: As Olimpíadas são feitas de histórias, não de vitórias

Quais são as principais lembranças que temos de Jogos Olímpicos? Quem venceu a maratona feminina de Los Angeles-1984 certamente não foi a corredora suíça que chegou cambaleante no estádio olímpico. Também não foi Vanderlei Cordeiro de Lima o vencedor da maratona masculina em Atenas-2004.

De Greg Louganis, lembramos mais do salto em que ele bateu com a cabeça na plataforma em Seul-88 do que o que valeu a medalha de ouro dentro daquela mesma prova. Ao longo do tempo, a fama dos Jogos Olímpicos foi calcada por belas histórias, e não pelas vitórias. Esse talvez seja o enorme diferencial que os Jogos possuem para uma marca que quer se associar a ele ou a um atleta que participa do evento.

O trabalho do COI para construir os valores olímpicos mostra, hoje, o grande benefício que proporciona.

São essas as histórias de superação que temos na memória quando pensamos em Olimpíadas. E é isso o maior poder que os Jogos têm para uma empresa trabalhar um patrocínio. Numa era em que o conceito de “storytelling” é confundido com uma obra de ficção, trabalhar a imagem atrelada às Olimpíadas e aos atletas olímpicos é um ganho às marcas que resolvem apostar nisso.

Hoje o relógio entra no ritmo acelerado de contagem. Temos um ano para aproveitar essa chance única de trabalhar alguns conceitos de uma marca para a população brasileira.

O Brasil terá mais de 700 atletas com ótimas histórias para serem contadas. É hora de as marcas se apropriarem dessas boas histórias.

Ou perderão o bonde olímpico…

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