A cada edição dos Jogos Olímpicos, o COI reforça o quão gigantesco é o seu evento. Mas, no Rio, parece que a organização dos Jogos não entendeu que esse evento só é grandioso por causa do público que vai até ele.
Enfrentar dor de cabeça no primeiro dia de Jogos é normal. Persistir nos mesmos erros no segundo dia já não parece ser tão inteligente. Historicamente o Brasil sempre olhou para um evento esportivo com a cabeça do atleta. Nossa preocupação sempre foi dar a melhor estrutura para o jogo ocorrer.
Isso faz com que não olhemos para uma parte fundamental da cadeia produtiva do esporte. É preciso que o fã tenha uma experiência agradável não apenas pela qualidade da competição, mas pelos serviços que recebe ali.
Os Jogos Olímpicos reúnem o que há de melhor em termos esportivos. Não por acaso, as maiores empresas do mundo, quase todas elas líderes em seus segmentos, estão ligadas a ele.
O Rio 2016 é o sexto megaevento de esporte que acompanho. Pela primeira vez vi um sistema centralizado de compra de alimentos e bebidas.
Nem em quermesse isso dá certo.
Um dos legados trazidos pela Copa foi o entendimento de que a experi- ência do fã é parte importante da gestão de um evento esportivo. O Rio já deveria saber disso e ter se preparado para proporcionar um evento único para quem estivesse por aqui.
Do contrário, de que servirão os esforços que todos, mídia e maras, têm feito para promover as Olimpíadas?