Análise: Palmeiras deveria se assustar em ter maior patrocínio do país

Qual é a relação salutar que existe entre patrocinador e patrocinado?

A dúvida fica cada vez mais explícita a cada novo evento que Palmeiras e Crefisa armam para a imprensa. A cerimônia de anúncio da renovação do vínculo entre clube e empresa por mais dois anos não teve nenhuma grande novidade a ser apresentada.

A camisa é a mesma, os personagens são quase os mesmos, e as promessas, idem. O que fica claro, a cada novo evento, é que o vínculo que une marca e clube não é o negócio que ele gera.

O que sustenta, hoje, um patrocínio fora de qualquer valor racional de mercado é a ambição política do casal dono da empresa dentro do clube. A diferença, agora, em relação a 2015, é que isso foi explicitado ao público.

E é exatamente isso o que deveria preocupar o dirigente palmeirense. O caso mais recente do gênero, que houve no Brasil, foi o Fluminense com a Unimed. O patrocínio foi, sem dúvida, muito valioso para o clube. Mas qual foi o resultado prático deixado para o Flu depois que a festa acabou?

O maior perigo do Palmeiras, hoje, é depender demais de uma fonte única de receita, que paga a ele um considerável valor de patrocínio e que, assim, encarece o fluxo de caixa do clube.

Motivado não por negócios, mas por interesses pessoais, o patrocínio pode acabar tão logo acabe a ambição política dos donos da empresa. O Palmeiras tem hoje o patrocínio mais valioso das Américas. Mas o risco disso é tão grande quanto o valor investido.

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