Análise: Para além das linhas, seleção também depende de Neymar

Neymar precisa ter maior noção do que ele representa. O brasileiro é uma figura estranha no futebol. Há duas semanas, o jovem de 23 anos entrou sambando no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha.

No evento mais importante do futebol mundial, a final da Liga dos Campeões, chamou a responsabilidade a todo o tempo, armou a jogada do primeiro gol e fez o terceiro, do título do Barcelona. Na semana passada, chutou a bola no rival após o término da partida com a Colômbia pela Copa América.

A capacidade do jogador em alternar momentos fenomenais e desequilíbrios infantis é algo que o jogador tem carregado na carreira, mas que já está na hora de pensar com um pouco mais de frieza. O ato cometido na Copa América vai de encontro com os mais nobres valores do esporte. Portanto, arranha mais uma vez a imagem do craque. Neymar é hoje uma figura tão forte que, certamente, não tem tamanha preocupação com os seus dez patrocinadores. Essa condição, claro, não será eterna.

Mas o problema vai além. Hoje, a seleção depende de Neymar. A credibilidade do time, tão abalada após o 7 a 1 da Copa do Mundo, é que está em jogo. Historicamente, a presença de um astro é fundamental para a transformação de um produto esportivo.

Para a CBF, é fundamental que Neymar mantenha esse prestígio. Claro que o astro não é a única questão a ser administrada, mas ele, sem dúvida, reforça a conexão com os torcedores e maximiza o potencial de mercado da entidade.

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