Análise: Paralimpíada traz legado intangível

Assim como o Time Brasil que disputou a Olimpíada, a equipe nacional que competiu na Paralimpíada também não atingiu a meta de classificação no quadro geral de medalhas.

O Time Brasil tinha como objetivo figurar no top 10. Já os paralímpicos “dobraram a meta”, esperando figurar entre os cinco primeiros colocados. Ambas as delegações ficaram a três posições de conquistar o desempenho almejado.

Os paralímpicos, porém, têm mais motivos para comemorar. A delegação experimentou um crescimento de 67% no número de medalhas em relação a Londres. Os brasileiros subiram ao pódio em 13 esportes, um incremento de quase 86% sobre 2012. Quatro modalidades conquistaram suas primeiras medalhas na história: canoagem, ciclismo, halterofilismo e vôlei sentado.

Como tudo tem um porém, o Brasil sofreu uma queda de 33% no número de ouros. E pior, mesmo em casa, perdeu uma posição em relação a Londres, caindo para oitavo lugar na classificação geral. Decepções com atletas que costumavam frequentar o alto do pódio pesaram para isso. Foi o caso de Terezinha Guilhermina, Alan Fonteles, André Brasil e até Daniel Dias, que caiu de seis títulos em 2012 para “só” quatro agora.

Um dado intangível, porém, é o grande legado do Rio 2016: visibilidade. Pela primeira vez, as competições desses atletas estiveram na programação diária da TV e a torcida se engajou em assistir e apoiar os brasileiros e se divertir com o evento no Parque Olímpico. Barreiras foram quebradas. Preconceitos caíram. Paratletas passaram a ser vistos como esportistas de alto rendimento. Não é pouca coisa para quatro anos. 

Sair da versão mobile