Análise: Patrocínio em estádio ainda vai dar muita discussão no país

A briga pública entre WTorre e Conmebol sobre o uso da marca da Allianz no estádio do Palmeiras nos jogos da Copa Bridgestone Libertadores é apenas mais um capítulo de uma novela que deve tomar conta do país por, ao menos, meia década.

No ano passado já houve uma queda de braço entre CBF e gestores de estádios sobre a colocação de placas de publicidade nas arenas, especialmente aquelas recém-inauguradas.

A disputa, agora, envolve direitos sobre marca de patrocinadores, um tema que praticamente não existia no universo da Conmebol na última década e que, agora, passa a fazer parte da realidade sul-americana.

 

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A WTorre alarma que a decisão da entidade reforça a incapacidade sul- -americana em tornar profissional o futebol por aqui. Mas o fato é que a Conmebol está certa em proteger os direitos de seus parceiros comerciais, impedindo uma exposição “gratuita” de concorrentes durante as partidas exibidas pela televisão.

O dilema vivido hoje no Brasil já foi também enfrentado pelas entidades esportivas nos Estados Unidos há cerca de 40 anos e, mais recentemente, pela Europa. O debate sempre acontece quando não existe ainda muitos exemplos de como fazer.

É parte da imaturidade brasileira termos uma discussão de onde pode ou não aparecer uma marca, da mesma forma que ainda se discute se falar ou não o nome da marca na grande mídia interfere para uma empresa decidir adotar o naming right como estratégia de patrocínio.

O mercado brasileiro de patrocínio começa a sair da era paleozoica. Mas ainda haverá muita discussão.

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