Análise: Patrocínio esportivo tem que ter o cliente como meta

Como posicionar bem sua marca no patrocínio esportivo? A Emirates, mais uma vez, está próxima de dar aula sobre o tema.

Descontente com os escândalos de corrupção nos gramados, a companhia aérea decidiu, no final de 2014, não renovar contrato com a Fifa. Parecia uma estratégia arriscada dar espaço para que uma concorrente se tornasse a companhia aérea oficial do futebol. A crise de imagem assolou a Fifa a partir de maio mostrou que a decisão foi acertada.

Por outro lado, ao deixar a federação, a empresa economizou cerca de US$ 30 milhões por ano. Essa verba de marketing poderia ser direcionada a ativações das propriedades que a Emirates já conta. Seu logo estampa uniformes nas principais ligas europeias: Arsenal, Benfica, Hamburgo, Milan, Olympiakos, PSG e Real Madrid.

Mesmo assim sobra dinheiro. Por isso, a empresa deve anunciar, nos próximos dias, o patrocínio máster do tênis. Nada mais adequado. O circuito internacional da ATP conta com eventos o ano inteiro, espalhados por todo o planeta. Dá para planejar ações específicas para cada país em que a Emirates atue.

Ao relacionar sua imagem ao glamoroso esporte das quadras, a empresa também estará mais próxima dos clientes endinheirados. Em resumo, a Emirates dá uma lição importante ao mercado: mais importante do que gastar suas milhas em patrocínio esportivo é direcionar seus voos para onde a empresa se relacione de forma mais próxima com seu consumidor. 

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