Análise: Patrocínio precisa se preparar para risco de crise

Uma das razões que as empresas enumeram para fazer uma ação de patrocínio esportivo é a grande exposição que ele gera para a marca. É por isso que, muitas vezes, empresas que ainda não são muito conhecidas no mercado usam o patrocínio para ter maior exposição, que gera maior lembrança da marca com o consumidor e, a partir disso, crescimento.

Foi baseada nesse conceito que a Nissan decidiu patrocinar os Jogos Olímpicos de 2016. Iniciando suas atividades no Brasil de forma mais forte, a marca decidiu usar as Olimpíadas como uma plataforma de exposição da marca para o público. O mote da publicidade na competição é o “quem se atreve”, numa estratégia clara de mostrar que a empresa decidiu ser ousada ao dar um passo tão grande como apoiar os Jogos.

 

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O problema é que isso põe a marca em evidência. E isso gera a oportunidade para que protestos em torno de atuações da empresa ganhem maior repercussão. Hoje, pela primeira vez, um patrocinador do Rio-2016 será a “vítima” dessa situação. 

O protesto marcado contra a Nissan em frente ao Rio-2016 é a típica situação que só acontece por conta da exposição gerada pelo patrocínio.

Em 2012, a Nissan tomou uma atitude “atrevida” ao decidir romper o patrocínio ao Vasco após atos de selvageria da torcida do clube. Agora, a marca se depara com um novo princípio de crise com esse protesto.

Uma ação de patrocínio esportivo sem dúvida leva a marca para uma vitrine poucas vezes vista. Mas isso é também o primeiro passo para que a empresa tenha de lidar com crises.

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