Análise: Paulistão tenta se transformar numa improvável ilha no país

O anúncio de mudanças na regra do Campeonato Paulista, como o li- mite de 16 equipes na elite em 2017 e a proibição de troca de técnicos entre  times durante  a competição, dá uma lufada de esperança para que o futebol paulista  volte a ter uma gestão um pouco mais racional. Turbinada pela verba da TV, a Fe- deração Paulista inchou demais suas competições nos últimos anos. Hoje são 90 equipes divididas em quatro divisões no futebol do estado.

É tanto time que a FPF tem muita dificuldade em manter  o nível das competições e, mais do que isso, de manter igualdade entre as equipes.

Sob nova direção, a FPF  aparentemente começa a querer mudar os clubes, preocupação que ela deve ter como entidade responsável pelo futebol no estado. O problema é que isso é também um enorme desafio.

Uma das promessas da entidade é exigir a Certidão Negativa de Débitos dos clubes que disputam qualquer competição por ela organizada. Isso poderá gerar um problema tremendo, já nos clubes da Série A-2.

Outra   medida,  já  percebida  na quinta-feira de sorteio  das chaves foi a incerteza sobre a participação do Água Santa, time de Diadema que faria sua estreia na elite paulista. Sem um estádio para 10 mil pessoas, o time corre o risco de ser excluído da competição por causa disso.

Desde sempre, a FPF  fez vistas grossas a essas regras. Ao se mostrar intransigente, a entidade dá um novo recado aos clubes. Numa época em que os outros estados discutem a criação de ligas regionais, o Paulis- tão tenta se transformar numa improvável ilha de prosperidade.

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