Análise: Peitar Globo sozinho é patético para clubes

O Palmeiras está em briga com a Globo. O clube ordenou que seus jogadores não dessem entrevistas para os repórteres da emissora no fim do jogo da primeira rodada do Brasileirão, além de não ter cedido atletas ao programa “Bem, Amigos”, do SporTV. A decisão acontece após a suposta interferência externa da final do Paulistão, com suposta ajuda do canal, no lance do suposto pênalti.

O entrevero com a emissora acontece em meio às negociações pelos direitos televisivos do Brasileirão de 2019. Palmeiras, Bahia e Atlético Paranaense são os times ainda sem acordo para o próximo ano. Os três fecharam com o Esporte Interativo para os canais fechados e não concordaram com as reduções impostas pela Globo por não ter direito pleno das equipes.

O time de Curitiba, por sinal, também vive em pé de guerra com a emissora. A ponto de, na decisão do Estadual, ter feito uma transmissão pirata no Facebook, após negar a proposta da emissora pelo torneio.

Mas brigar com a Globo é patético para os clubes. Primeiro, claro, porque a emissora é o principal parceiro comercial de todas as equipes brasileiras, inclusive as três citadas.

O principal, no entanto, está na parca força dos times isolados. Hoje, se não houver acordo, a Globo tem direito à transmissão das outras 17 equipes. Não é o ideal, mas, no mercado paulista, por exemplo, ela teria um jogo com um time grande em toda rodada.  

Os times, por outro lado, perderiam a maior fonte de renda, além de toda a exposição da maior emissora do país. Poderiam, no máximo, juntar migalhas nas transmissões isoladas entre si. É uma relação totalmente desproporcional.

Aos clubes, restam duas opções: unirem-se ou pararem de passar vergonha.

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