Desconsiderando a força de uma boa ativação, estar na camisa de um time de futebol pode dar uma grande ajuda ao conhecimento de uma marca. Não é por acaso que, quando há pesquisa de associação de patrocínio a clubes, é comum ver o torcedor ligar a Parmalat ao Palmeiras e a LG ao São Paulo, mesmo após anos de encerramento dos acordos.
Para ter essa força, no entanto, é preciso de tempo. E muito tempo. Tanto a LG quanto a Parmalat tiveram uma década para gerar essa associação de forma natural. Ambas precisavam ser mais conhecidas no Brasil quando fecharam seus acordos e foram bem-sucedidas nisso.
Para que serviria, então, um patrocínio pontual? O quanto vale expor sua marca por apenas 90 minutos? É difícil avaliar essa forma de aporte, mas a Casa & Vídeo deu um bom exemplo de como usar essa oportunidade. Se não há a construção de marca, usar o uniforme do Botafogo como espaço publicitário convencional foi uma opção mais valiosa do que uma simples exposição do logo.
Como poucos gostam de desperdiçar dinheiro, um patrocínio esportivo só vale se houver retorno financeiro, com venda. Certamente, o São Paulo ajudou a LG a vender mais televisões no Brasil, mas isso demandou tempo e alto investimento. Talvez a Casa & Vídeo não tenha se tornado mais valiosa na mente do consumidor com esse aporte pontual, mas, no fim do dia, a empresa poderá contabilizar o quanto arrecadou com a breve aposta no futebol.
Para clubes, que pouco se promovem como uma plataforma mais sólida de negócio, abrir espaço no uniforme como uma plataforma de mídia pode ser uma boa solução para quem busca um melhor aproveitamento nesse tipo de oportunidade. Pelo menos para a empresa, a ideia foi interessante.