Análise: Por que não fazer do esporte profissional um entretenimento?

O jogo do Barcelona Legends contra uma seleção pernambucana será mais um exemplo do potencial desperdiçado do esporte de alto nível no país.

O anúncio da partida amistosa foi acompanhado de notícias bem interessantes. Haverá votação popular para eleger a seleção local, entre outras ações que ainda serão divulgadas.

Pode parecer pouco, mas essa é a típica ação que aumenta o engajamento do público com o evento e faz com que se crie mais desejo em torno do jogo antes mesmo de ele começar.

O problema é que só existe interesse de o esporte fazer isso no Brasil quando o jogo é amistoso ou de pouco interesse para uma certa competição.

Só aplicamos conceitos básicos de transformação de evento esportivo em evento de entretenimento quando ele não tem qualquer valor esportivo.

Esse é um grande motivo para que a indústria do esporte, no Brasil, viva um período de estagnação pós-megaeventos. Aquilo que houve de maior avanço no país, que foi a melhoria da infraestrutura esportiva, está praticamente esquecido pelo simples fato de não pensarmos o evento além do campo em que acontece a disputa.

Raras são as modalidades que exploram o conceito de criar um evento com diversos atrativos além da disputa esportiva para o público espectador.

Ao redor da quadra, do campo, da pista, da piscina ou do tatame, há gente interessada em consumir. Só que não a mesma competição de sempre.

UFC e NFL são os grandes exemplos do esporte como negócio. E eles têm um princípio. Fazer da competição um mero motivo para atrair a atenção do público. O esporte é só o meio. É preciso ir além dele, mas usando-o como ingrediente principal.

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