Análise: Primeiro dia é momento de atrapalhação olímpica

Por onde entra? Dá para usar o ônibus da organização sem ter validado a credencial? Onde faço o credenciamento? Onde fica o Live Site? Onde pega o transporte oficial? Cadê o centro de voluntários? Como faz para chegar no refeitório?

O primeiro dia de Olimpíadas é sempre uma confusão para os repórteres. A sensação de estar perdido, mesmo em seu país, cercado por falantes de português, é a mesma de quando cobri Olimpíada entre gregos e chineses. Nem o idioma nacional minimiza a atrapalhação. Como de praxe, os voluntários estão quase tão perdidos como os jornalistas.

A exceção são os coleguinhas do Rio, que viram o Parque Olímpico nascer e crescer e estão um pouco mais habituados ao centro nervoso da primeira Olimpíada brasileira.

Em uma situação dessas, em que jornalistas e assessores de imprensa não fazem a mínima ideia de como chegar até o local do evento, nenhuma fonte pode ser desprezada. O motorista do shuttle de imprensa infelizmente não tem a mínima ideia onde é o espaço para shows no Parque Olímpico.

Quase por acaso, desço no ponto certo e chego com surpreendente facilidade ao local da coletiva do Bradesco.

Logo após o evento, é hora de achar o refeitório. Como já noticiado pela imprensa, o restaurante dos jornalistas cobra abusivos R$ 98 pelo quilo. É hora da pós-graduação em cobertura olímpica: seguir fotógrafos e cinegrafistas. Por alguma estranha razão, são eles os caras que descobrem a preciosidade de um bom PF a preço razoável.

A volta é redentora. Credenciamento resolvido, espaço de trabalho achado, computador conectado, é hora de trabalhar. A Olimpíada, para a Máquina do Esporte, já começou. 

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