Análise: Público de TV por assinatura terá uma dura realidade

Zico, André Henning e Vitor Sergio, equipe principal do EI

O público acostumado ao padrão ESPN na cobertura da Liga dos Campeões terá uma nova – e dura – realidade pelos próximos três anos.

A mudança de canal após 26 anos de transmissão gera uma mudança que não deve agradar. Reconhecida pela excelência na informação, a ESPN será substituída por uma emissora que tem como grande trunfo levar ao máximo o conceito de interatividade nas transmissões.

Sairão as análises feitas para o fã de esporte e entrarão transmissões muito mais despojadas, desbocadas e até certo ponto despreocupadas em ter a informação precisa como fonte primária de uma transmissão.

A troca de ESPN por EI, apesar de boa para arejar os ares da transmissão de esporte no Brasil, causa também uma enorme ausência para o público que é fanático, o que é, em boa parte, o extrato dominante num universo da TV por assinatura.

Esse baque é o que mais preocupa nessa mudança de casa da Liga. Para o fanático, uma transmissão de futebol precisa de informação acima de qualquer outra coisa. Esse é o DNA da ESPN no Brasil, esse modo de ser que consagrou a emissora e gerou uma marca forte para a empresa em mais de duas décadas. 

 

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Com a Esporte Interativo, o lema deixa de ser “informação é o nosso esporte” para ser “é muito mais emoção”. Isso deve significar transmissões mais emotivas, enquetes e sugestões de participação do torcedor “sujando” a transmissão e mais uma série de outras interações que tiram o foco da informação do jogo.

O público na TV fechada terá de se acostumar a uma dura realidade. A transmissão da Liga dos Campeões será muito menos informativa e bem mais similar à da TV aberta.

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