O episódio envolvendo o tuíte da Asics em homenagem a Thomaz Bellucci é um daqueles casos que devem sempre ser usados em aula de marketing. Mais do que meramente ser uma marca “bacana” com uma concorrente, quando a Asics cita nominalmente a empresa rival, ela está passando um claro recado para quem gosta de tênis.
A emocionante vitória de Bellucci na sexta-feira, somada à superioridade que ele demonstrou na partida que recolocou o Brasil entre os principais países do universo do tênis, produziram, em quem gosta do esporte, um efeito positivo grande.
Com isso, a Asics conseguiu se apropriar do momento de forma elegante e, também, absolutamente correta do ponto de vista legal.
A marca patrocina a Confederação Brasileira de Tênis e, por isso, pode comemorar a classificação brasileira à fase final da Copa Davis. Mas não tem propriedade para poder falar sobre Thomaz Bellucci, que é um atleta patrocinado pela Adidas.
Quando reforça esse vínculo e cita a marca concorrente, a Asics não apenas evidencia que ela é patrocinadora de algo “maior” que o atleta, que é o time que representa o Brasil, mas também mostra ao público que, ao reconhecer o aporte de um con- corrente, mostra que ela faz mais ao esporte do que a outra marca.
Nesse caso, 140 caracteres valeram bem mais do que mil palavras…