Análise: Realização de Rio 2016 mostra tamanho que têm os Jogos

Ao longo dos últimos seis anos e meio, o Rio de Janeiro e o Brasil deram consistentes argumentos para que não se acreditasse na chance de se realizar a primeira edição de Jogos Olímpicos na América do Sul.

Desde a noite de 2 de outubro de 2009 até a de 5 de agosto de 2016, o que poderia se imaginar – e não imaginar! – de problemas aconteceram na caminhada do Rio para os Jogos.

Da promessa de país pujante economicamente a uma realidade de crise histórica. A revelação, nua e crua, da corrupção que está impregnada na sociedade e que começa a ser devastada, custando a queda da presidente da República. A crise do zika vírus. O acidente fatal na ciclovia. A não-despoluição da Baía de Guanabara. A remoção da Vila do Autódromo sem preocupação com quem ali vivia. A falência do Estado do Rio de Janeiro pouco mais de um mês antes dos Jogos. O canguru saltando na porta dos australianos…

Com certeza eu já esqueci algum outro motivo para se dizer não aos Jogos no Rio. Pode escolher o seu.

Mesmo assim, desde segunda-feira que o Rio respira um ar olímpico, que as ruas estão se enchendo de gente, de todos os cantos, para ver os melhores do mundo em ação. As marcas têm ocupado os espaços em ações para falar com o consumidor. A mídia vai do Leme ao Pontal para mostrar que não há nada igual…

A realização do Rio 2016 é a prova de que os Jogos Olímpicos são o que há de mais importante no esporte. E que essa sua força é capaz de superar um cenário completamente adverso como o do Rio e levar, ao público, um show como ele espera ver.

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