O futebol aderiu às redes sociais. Os números comprovam que Facebook e Twitter se transformaram em ferramenta direta de comunicação com os torcedores. A Série A do Campeonato Brasileiro, somada, tem mais de 20 milhões de followers no microblog, enquanto o site de Mark Zuckerberg já se aproxima dos 50 milhões de usuários plugados na elite do futebol brasileiro.
O contingente é respeitável e diverso. E, por isso, deve ser tratado com cuidado. Ao mesmo tempo que abrange do torcedor de arquibancada, despojado, as redes sociais também são vitrine para o mercado. Estimular a rivalidade saudável pode – e deve – ser um dos objetivos do social media. A brincadeira faz parte do negócio.
Como o nicho é relativamente novo, os clubes ainda estão tateando o terreno. São poucas as ações mais agressivas, diretas, para não macular a imagem dos clubes nas empresas. O problema é que a cautela pode deixar a plataforma politicamente correta em excesso, sem espaço para ações criativas e bem-humoradas, justamente as que mais agradam o torcedor calejado das provocações no estilo conversa de bar.
Os funcionários têm de ser orientados e capacitados para não cometerem erros nesse sentido, o que raramente acontece no setor de mídias sociais, principalmente quando o assunto é futebol. É preciso encontrar o meio-termo para falar ao mesmo tempo com patrocinador e torcedor. Sem melindres. Sem extrapolar os limites éticos. E fazer com o que o negócio, definitivamente, faça parte da brincadeira.