O acordo de patrocínio da Reebok ao UFC recoloca a marca esportiva no trilho de sua própria história.
O grande crescimento da Reebok no mercado foi nos anos 80, quando a marca se popularizou junto com a febre das academias de ginástica. O tênis da marca virou sinônimo de calçado para usar nas academias.
Desde então, a Reebok cresceu a ponto de virar a número 2 no mercado dos EUA, atrás da Nike. Tinha não mais só o fitness, mas acordos parrudos, como com a NFL, a liga esportiva mais popular do país.
O tamanho e alcance da marca no território americano chamaram a atenção da Adidas, que comprou a marca e praticamente a “matou” no esporte de alto rendimento. Nos últimos tempos, a Reebok focou no fitness e viu a Under Armour crescer no vácuo que foi deixado por ela.
Agora, com o UFC, a marca volta a apostar no alto rendimento, só que o foco curiosamente é o mercado do praticante da modalidade esportiva. Se, com a NFL, a exposição da marca levava o consumidor a comprar os produtos, agora o caminho é outro. A Reebok aposta na força das academias. Não é o UFC o grande negócio. É, muito mais, o atleta amador, que verá, na chancela do UFC, o reconhecimento de um produto de qualidade feito pela marca.
A polarização do mercado entre Adidas e Nike tinha sufocado movimentos como esse feito pela Reebok. Muito mais do que a exposição na mídia, o que gera dinheiro às marcas é o consumo do atleta amador.