Durante quase uma hora, Lui Carvalho, diretor do Rio Open, explicou a jornalistas como enxerga o torneio e o próprio cricuito da ATP. Comentou de tudo um pouco, inclusive sobre o doping de Thomaz Bellucci, de quem foi agente há alguns anos. Mas o que de mais interessante Lui falou foi sobre como o torneio precisa extrapolar os limites do esporte para ter impacto.
A comparação feita por ele é com o Rock in Rio, que já extrapolou o limite da música e se tornou um evento que você precisa ir de qualquer jeito, não importando se quem está no palco é um astro do rock ou do funk.
E é exatamente isso que o Rio Open tenta mostrar ao mercado desde 2017, quando deixou de ter a presença de Rafael Nadal. Como atrair público e ter relevância sem ter um dos dois ícones do esporte como um chamariz?
Nadal foi fundamental para a consolidação do Rio Open. Ter o espanhol por três anos nas quadras assegurou ao torneio o status de “obrigatório”. Não só para o público, mas principalmente para as marcas. Com Nadal no Rio, não havia sentido não patrocinar.
O cenário pós-Olimpíada, no entanto, não era nada animador. Sem Nadal, torneio no meio do Carnaval e passada a euforia dos Jogos, tudo parecia conspirar para levar o Rio Open para baixo.
A sacada, então, foi buscar outros atrativos que o esporte não poderia dar. O maior desafio, agora, é fazer do Rio Open um torneio ainda maior.
No encontro com a imprensa, questionei a Lui se o espaço do Jockey já não limitava até a busca por novos patrocinadores. Diz ele que ainda há vagas para ações de hospitalidade. Mas, para isso, é preciso o Rio Open seguir apostando em ir além do esporte. E mostrar o caminho a outros eventos.