Nas duas últimas semanas, estivemos em dois dos maiores eventos esportivos brasileiros anuais. Primeiro, nos dias 8 e 9 deste mês, vimos de perto o Jogo das Estrelas, do NBB, e depois, durante toda a última semana, cubrimos o Rio Open. A conclusão é de que há, sim, uma luz no fim do túnel.
Quando uso esta expressão não me refiro nem um pouco aos esportes em si, nem aos resultados dentro das quadras. A questão aqui é o evento como um todo. O Jogo das Estrelas mostrou, e o Rio Open ratificou, que é possível, sim, organizar um grande evento e integrar esporte, público e patrocinadores no Brasil.
Basta arregaçar as mangas e colocar a mão na massa.
O que os dois eventos entenderam e conseguiram colocar em prática é que essa integração, essa comunhão de interesses, é vital para um evento esportivo. No Jogo das Estrelas, houve um dia só para desafios específicos, justamente para atrair ainda mais público e dar mais visibilidade aos patrocinadores, que encheram o Ginásio Pedrocão, em Franca, de ativações tanto do lado de dentro como do lado de fora.
A coisa é tão integrada que, pelo segundo ano seguido, o Jogo parou quando um dos times chegou ao centésimo ponto. O motivo: uma ação do McDonald’s que deu um vale Big Mac para cada torcedor. Os próprios jogadores entram na brincadeira. O público, claro, adora. E o patrocinador dá seu recado de forma cristalina.
No Rio Open, foram mais de 40 marcas envolvidas. Dentro de quadra, foram inúmeras ações e ativações entre os jogos ou até mesmo entre os sets. Já fora do saibro, o Leblon Boulevard reuniu dezenas de patrocinadores e apoiadores, cada um com seu estande, cada um com sua ação, cada um com sua ativação.
E o tênis, por sinal, ainda tem um detalhe que mostra claramente a importância desse entorno em um evento esportivo: o esporte para se houver chuva. E aí, o que o público faz? No primeiro dia do torneio, choveu quase o dia todo no Rio de Janeiro. Jogo mesmo praticamente não houve. Mas se trata de um evento. Não é apenas o jogo em si. E o público sabe disso. O Leblon Boulevard ficou lotado, com público e patrocinadores felizes, mesmo sem ninguém em quadra.
Ainda há muito o que se fazer, é claro. Mas se tem uma coisa que o mês de fevereiro mostrou é que o esporte brasileiro parece, sim, estar aprendendo. Evoluindo.
Finalmente, enxergando além.