Muitos podem considerar tempestade em copo d’água a matéria que publicamos hoje na Máquina do Esporte. Afinal, o que há demais no fato de termos um repelente oficial dos Jogos Olímpicos do Rio?
Em meio a uma das maiores crises geradas por um mosquito transmissor de doenças, é natural produtores de repelentes ganharam uma boa graninha com a venda de produtos.
Mas, e sempre tem ele, o caso evidencia uma necessidade que às vezes passa batida no nosso universo esportivo, que é a atenção aos mínimos detalhes dentro de um evento.
Não há no esporte algo que seja de tão alto nível quanto as Olimpíadas. São dezenas de milhares dos melhores atletas de todo o mundo.
Isso exige, de quem a organiza, uma preocupação extrema com detalhes que às vezes são tolos, mas que podem fazer muita diferença.
Se o prefeito da cidade-sede minimizou os efeitos do Aedes Aegipty para a realização dos Jogos, parece incoerente o fato de o próprio organizador do evento lançar um produto para se proteger do mosquito.
Ontem, jornalistas estrangeiros comentavam a imagem do repelente oficial dos Jogos. Deve ser o primeiro caso que uma Olimpíada tenha tal produto licenciado. É só olhar as referências que tivemos em pré-conceitos em relação à África do Sul na Copa de 2010 para vermos o que isso significa para o estrangeiro.
Para olharmos o copo d’água meio cheio dessa tempestade, o caso vai servir de lição para a indústria que viverá após o Rio-2016 por aqui.
Num evento, é preciso estarmos atentos aos mínimos detalhes.