Nesta sexta-feira, a seleção brasileira de rúgbi vai enfrentar a Alemanha no Pacaembu, às 21h, e o ingresso será a doação de um livro, novo ou em bom estado, pelos torcedores. A ação da CBRu, realizada em parceria com a Secretaria da Educação, é um exemplo a ser seguido pelo esporte.
Esporte é rivalidade. Esporte é torcida. Esporte é emoção. Mas o esporte é, sobretudo, um agente de transformação social. Talvez, o mais importante do país. A iminência dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro tem sido um bom alicerce para que essa condição seja a regra, não a exceção.
O rúgbi, esporte olímpico em 2016, tem usado a condição financeira estável de sua entidade gestora para buscar a popularização por meio de inclusão. Os jogos da seleção não são pagos. Antes de vir para São Paulo, o time enfrentou a mesma Alemanha em Blumenau, Santa Catarina, em troca de um quilo de alimento não-perecível por pessoa.
A estratégia de não onerar um público que, em sua maioria, terá o seu primeiro contato com a modalidade é eficiente para a fidelização do torcedor naquilo que o mercado chama de “experiência” no esporte.
O torcedor não paga, é solidário e ainda descobre uma nova modalidade esportiva, criando uma equação quase perfeita para angariar fãs. Falta ainda a performance esportiva, a competitividade, a definitiva profissionalização, mas isso é assunto para o futuro. Enquanto não são páreo para os All Blacks, os Tupis garantem diversão e servem de exemplo para outros esportes que engatinham no mercado brasileiro.