Leandrinho e Varejão estão longe do ápice da carreira. Mas, mesmo assim, desde Oscar, os dois talvez tenham sido os nomes mais populares do basquete brasileiro, ainda em reconstrução.
E é esse o maior desafio que a Liga Nacional de Basquete terá nos próximos meses. Aproveitar a presença de nomes populares para elevar o interesse da mídia, dos fãs e das empresas.
A presença do ídolo que extrapola o fanático e faz o esporte chegar a mais pessoas é o sonho de qualquer modalidade. Ter Leandrinho e Varejão, mesmo no final de carreira, é um bônus no projeto de transformação do NBB.
Esse é também o maior desafio que se apresenta ao basquete desde que a liga firmou a parceria com a NBA, há três anos. O foco foi o fortalecimento da marca NBB a partir de melhoria nos eventos como o Jogo das Estrelas, na aproximação com novos parceiros comerciais e no maior controle da geração de conteúdo, gerando negócios com Facebook, Twitter e Band.
O trabalho, agora, será aproveitar a presença de Leandrinho e Varejão em quadra para aumentar a média de público nos ginásios. Os assentos vazios na arquibancada ainda mostram que falta dar mais motivo ao público para sair de casa e se deslocar até uma quadra. O maior risco, porém, é ver em que nível os dois estarão dentro de quadra.
A experiência do futebol com ídolos consagrados em fim de carreira mostra que a performance esportiva é vital para que ter o ídolo seja proveitoso.
Para que o processo de construção da marca do NBB seja vencedor, não dá para ver dois ex-jogadores da NBA em quadra somente como ferramenta de marketing. Antes de mais nada, um ídolo é consumido por conta da performance esportiva que ele possui.