Análise: sem visão global, futebol no Brasil sofre sem patrocínios

O que difere o Levante, que luta contra o rebaixamento na Espanha de um Palmeiras ou São Paulo? 

Sem dúvida o tamanho dos clubes não se compara. Mas como pode o Levante atrair o interesse de uma empresa estrangeira para anunciar na sua camisa e os brasileiros não?

Sem um plano de expansão global, o futebol no Brasil agoniza. A busca por patrocinadores na camisa dos times depende, necessariamente, do mercado local. E, por conta disso, quando a economia está bem, sobram empresas interessadas em investir. Mas, quando vai mal…

A situação do futebol espanhol, descrita na página 2, deixa cristalino o quanto o Brasil sofre por não pensar além das suas fronteiras.

A Espanha está quebrada, as empresas do país sofrem, à exceção das multinacionais, e mesmo assim os clubes daquele país conseguem buscar dinheiro para bancar as contas. 

Longe de ser um exemplo de gestão, o futebol espanhol é uma mostra clara de como pensar no mercado do exterior é importante para a sobrevivência dos próprios clubes.

Graças também ao impulso global de Barcelona e Real Madrid, os demais times da Espanha conseguiram depender menos do mercado local para encontrar patrocínio.

O futebol na Europa hoje é visto e reconhecido no mundo todo. Logicamente impulsionado pelos grandes clubes que disputam a Liga dos Campeões, mas isso ajuda os outros, como revela o panorama espanhol. 

A Copa Libertadores deveria ser o produto para abrir as portas do futebol sul-americano para o mundo.

Como poderia um time brasileiro ter sucesso comercial lá fora se o seu produto simplesmente inexiste para além dos limites territoriais?

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