Nada mudou tanto no futebol brasileiro quanto a relação entre clubes e torcedores. Com os programas de sócio, os times conseguiram receitas altas e um contato direto que não era possível imaginar havia dez anos.
O processo não foi simples. No início, São Paulo e Internacional sofreram com a vanguarda. Foi só em 2008 que o time gaúcho deixou mais claro o potencial do projeto, quando fechou o Beira-Rio na final da Copa Sul-Americana para os membros de seu programa.
Desde então, o sócio-torcedor se tornou obrigatório, e praticamente todos os grandes clubes e boa parte dos pequenos têm um projeto do tipo. Quando a Brahma lançou o Movimento por um Futebol Melhor, em 2013, os programas começaram a ganhar ainda mais corpo.
Financeiramente, o sócio-torcedor se tornou um pilar essencial. O Flamengo, por exemplo, fatura R$ 30 milhões com seus sócios, mais do que qualquer patrocínio de camisa do time carioca. E a equipe não é exceção: os times ‘ganharam’ um novo aporte máster com essa possibilidade.
Para o torcedor, a vida foi facilitada, especialmente na hora da compra do ingresso. As longas filas ainda são vistas pelo Brasil, mas se tornaram exceções no futebol nacional.
Por fim, o clube passou a conhecer com detalhe o seu torcedor, com seus hábitos básicos de consumo ao esporte. Saber explorar mais isso é o próximo passo para os times no Brasil.