Análise: Streaming é realidade no mundo, mas não no Brasil

Em entrevista à Máquina do Esporte, Carolina Atwood, executiva da ESPN Internacional, disse que o streaming é prioridade do canal e representa a “nova era” para o esporte.

Entre as principais ligas de EUA e Europa, isso já é realidade. NBA, NFL, Premier League, Bundesliga, Série A, entre outras, já se conscientizaram que o streaming é uma nova propriedade capaz de aumentar o faturamento.

No Inglês, Amazon e Facebook devem fazer boas ofertas pelo pacote da área, hoje em poder de BT e BSkyB até 2019.

Por ora, é a gigante do comércio eletrônico que mostra mais apetite. No país, já é dono de direitos de torneios de tênis, entre os quais o Aberto dos EUA. Na Alemanha, comprou as transmissões da Bundesliga.

A Série A da Itália busca parceiro, com um aporte de 1 bilhão de euros por dez anos de contrato, para lançar seu canal.

Mais adiantados estão os EUA. A NBA possui, desde 2014/2015, seu próprio canal de streaming, o League Pass, operado pela Turner. Já a NFL trocou o Twitter pela Amazon nesta temporada.

E o Brasileirão? Tal propriedade pertence à Globosat, adquirida na venda conjunta para TV aberta, fechada e pay-per-view. Nem o acirramento da concorrência com o Esporte Interativo fez com que a propriedade fosse vendida separadamente. Com isso, tal pacote é só um bônus para assinantes do Premiere, serviço de PPV da empresa.

Com tal miopia ao pôr suas propriedades no mercado, os clubes mostram que a “nova era” das transmissões esportivas ainda está longe de chegar ao Brasil. 

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