O uso de dispositivos móveis para acompanhar vídeos sob demanda só cresce. De cara há uma grande vantagem. Esse tipo de tecnologia permite ao público ver seus programas prediletos quando bem entender, e não no horário em que o diretor de programação do canal estabelecer.
Nessa nova configuração, o Brasil pode não ser pioneiro, mas não fica tão atrás diante da revolução por que passam os Estados Unidos. Pela primeira vez, os canais de TV, particularmente os de esporte, começam a ver parcela significativa de sua audiência migrando para serviços de streaming.
O esporte é a área mais sensível a esse movimento. Foram as competições que alavancaram as emissoras a cabo de vários conglomerados de comunicação. Hoje, as transmissões ao vivo de eventos monopolizam as maiores audiências da TV fechada nos Estados Unidos… E no Brasil!
Teoricamente, o apelo do esporte ao vivo atrairia a audiência à telona. No entanto, cada vez mais, não é isso o que ocorre. Mas por que esse público, normalmente o mais jovem, migra para dispositivos móveis, com telas minúsculas, se pode assistir aos jogos em TVs cada vez maiores e com alta definição? Para essa faixa de audiência, a portabilidade é mais importante do que a riquezas de detalhes.
Sinal do fim dos tempos? Aparentemente não. É necessário que os institutos de pesquisa, responsáveis por medir a audiência, tenham mecanismos mais sofisticados, diante dessa audiência fragmentada e atemporal.
Só assim poderão municiar canais e anunciantes sobre o retorno possível da publicidade nesse novo mundo. Aparentemente, a nova tecnologia não destrói nada. Só altera a percepção das pessoas ao ver TV.