O avanço do streaming no esporte já gerou diversas discussões no mercado, que vão desde a eficácia da distribuição de produtos menos acessados à maior dificuldade de promoção sem os meios tradicionais. Hoje, nos Estados Unidos, uma das grandes ligas do país tem feito um uso mais específico: quer chegar aos mais jovens.
A MLB, liga de beisebol, está para começar sua nova temporada. E neste ano a organização estará mais on-line do que nunca: para além das redes sociais, há um grande investimento no streaming. O principal responsável por isso será o YouTube TV, modo pago da ferramenta do Google, que fechou um acordo com a organização esportiva e a Warner.
O presidente da MLB, Rob Manfred, já afirmou em algumas entrevistas: a liga gasta milhões com streaming porque busca um público mais jovem. Isso inclui até a distribuição gratuita de partidas por meio da MLB.tv, o aplicativo oficial da liga que disponibiliza um evento diário aos fãs do esporte.
O beisebol nos Estados Unidos tem um problema diferente de outras modalidades que buscam as transmissões on-line. Financeiramente, o esporte se mantém em alta, com contratos de patrocínio que fazem com que a liga permaneça na segunda colocação entre as principais disputas americanas, atrás apenas da NFL. Mas a audiência está envelhecida e em movimento decrescente, o que tem colocado em xeque a sustentabilidade do negócio.
Por essa conjuntura, é excitante acompanhar o movimento da MLB, uma liga pouco comentada no Brasil. A grande questão é saber qual será a eficácia da estratégia quando um dos maiores agentes do mercado esportivo americano usa os novos canais não para dialogar com os mais jovens, mas para distribuir diretamente o seu produto e tentar encantar um grupo novo de torcedores.