Em menos de seis meses, três clubes entraram em atrito público com seus patrocinadores. As feridas abertas levam a duas vertentes que mostram que há algo muito errado no mercado. Ou as recentes denúncias de corrupção transformaram o futebol em terra de ninguém, ou os clubes não são muito criteriosos na escolha de seus parceiros comerciais, colocando os cifrões à frente de credibilidade.
Ao contrário dos “co-irmãos”, o Corinthians não se furtou de criticar abertamente a recém-chegada Klar, que causou problemas ao falar sobre valores exorbitantes, totalmente inadequados à realidade do esporte no Brasil, negociações inexistentes, entre outras bravatas.
Em contrapartida, é preciso lembrar que o problema, na realidade, foi causado pelo próprio clube, que confiou uma de suas propriedades a uma equipe claramente despreparada para enfrentar o mercado do futebol brasileiro, ávido por polêmicas. Assim como aconteceu com Fluminense e Viton 44, cujo dono transformou seu investimento no esporte em palanque para discussões políticas.
Mais amena, a crise diplomática entre Palmeiras, Crefisa e Adidas foi outro exemplo de como não se conduzir uma relação de patrocínio. As pazes estão seladas, mas a falta de prudência comercial que prolifera no futebol brasileiro foi, mais uma vez, escancarada.
Três casos seguidos não são coincidência. É hora de sentar, repensar e analisar qual lado está mais despreparado. Futebol é, paixão à parte, negócio. E dos mais caros. Não dá para jogar dinheiro no lixo, nem colocar em risco a reputação de décadas de história.