Os três grandes campeões do futebol brasileiro neste ano têm um ponto em comum: gestão responsável. Na última quarta-feira, o Grêmio se consagrou na Copa do Brasil após dois anos de uma administração que focou na sustentabilidade do clube e em processos profissionais. Mas o time não foi exceção no Brasil. Ainda bem.
O outro exemplo é a Chapecoense, campeã da Copa Sul-Americana. O modesto time de Chapecó, cidade com 200 mil habitantes, tem sido administrado por um grupo de empresários da região. Chegou à Série A há três anos, e se manteve na elite sem cometer exageros. Mesmo com orçamento modesto, teve superávit de R$ 2,8 milhões na última temporada, em 2015, uma raridade no Brasil.
O último caso é um extremo pela grandeza de faturamento. Hoje, o Palmeiras, campeão brasileiro, tem o suporte de um patrocinador e um presidente apaixonado que investem dezenas de milhões no time. Apesar dos excessos pouco naturais ao mercado, o ápice só foi alcançado porque o mandatário Paulo Nobre conseguiu equilibrar as finanças em seu primeiro ano de gestão. E isso quase custou um rebaixamento à Série B.
A lição de 2016 deveria ser óbvia nesta altura, mas parece difícil de ser compreendida no futebol brasileiro. A verdade é que ter responsabilidade e profissionalismo é duro e exige trabalho árduo. Mas esta temporada pode servir de exemplo: essa é a maneira mais segura de se chegar à vitória.