No filme “A guerra dos sexos”, recentemente em cartaz em São Paulo, a tenista Billie Jean King, estrela do tênis nos anos 70, aceita o desafio do ex-campeão de Wimbledon Bobby Riggs para uma partida. A “batalha dos sexos” atrai a atenção de público e mídia, diante do inusitado do acontecimento.
Ao contrário da expectativa geral, a norte-americana venceu o duelo, dando um passo importante na afirmação do tênis feminino no circuito internacional.
Foram vitórias significativas, mas a luta pela igualdade de gêneros nas quadras ainda está longe do tie-break. Quase 45 anos depois, a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) deu mais um passo grande rumo ao atraso ao promover um sorteio sexista para os grupos do Next Gen Finals, que reúne os oito melhores tenistas até 21 anos da temporada.
Cada tenista escolhia uma modelo, que levantava o vestido para mostrar em que grupo o jogador estaria inserido na competição. A Red Bull, patrocinadora do evento pediu desculpas públicas e qualificou o episódio como “inaceitável”.
Deslizes assim têm se repetido. Há dois anos, Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo, reclamou da organização do Torneio de Wimbledon. A dinamarquesa ficou contrariada pelo fato de a quadra central ser reservada quase que exclusivamente para os jogos no masculino.
Mesmo sendo um dos esportes que mais cedo equiparou os prêmios para homens e mulheres, o tênis mostra que a busca pela igualdade ainda está longe do match point.