Análise: Torcedor, mais que emissoras, perde com exclusividade de Brasileirão

O primeiro fim de semana do Brasileirão mostrou um fenômeno esperado na questão da audiência. Com direitos exclusivos no momento, a Globo nadou de braçada no ibope, vendo seus concorrentes com pouco fôlego para persegui-la.

Com seus tradicionais programas de auditório, Record e SBT não fazem frente ao futebol de domingo, especialmente com o fim dos Estaduais, quando o número de clássicos aumenta.

Pior para a Band, que tradicionalmente exibia jogos neste horário. Com Os Simpsons, de custo bem inferior aos direitos de transmissão, porém, a emissora do naufragou: apenas 1 ponto em São Paulo e no Rio.

Quem mais perde com a volta do monopólio na transmissão do Brasileiro, porém, é o telespectador, que fica sem opção na TV aberta. Não que o sistema anterior fosse o ideal. Com investimento reduzido, a Band não tinha o direito de transmitir um jogo exclusivo, sendo obrigada a exibir a mesma partida da Globo. Isso limitava sua audiência.

Sem a Band, o Brasileirão poderia interessar a algum canal concorrente. A Record já dividiu esses direitos com a Globo no passado. Mas em um momento em que o esporte deixou de ser prioridade e há constantes cortes na empresa, não parece viável que a competição volte ser uma aposta do canal.

A Rede TV!, por sua vez, cresceu os olhos para  o evento. A emissora já transmite a Série B, e conquistaria uma faixa maior de audiência exibindo a elite. Mas os gastos para sublicenciar os direitos parecem afastar o canal do torneio.

Para o bem ou para o mal, o Brasileirão deve continuar exclusividade da Globo.

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