Análise: Torneio ensina como fazer do limão uma limonada

Um limão azedo. Esse deveria ser o sabor do resultado do casamento do calendário da ATP com o dos feriados do Brasil em 2015. O Rio Open, que tenta se transformar no torneio mais atrativo da América do Sul, tem logo em seu segundo ano o desafio de ocorrer em paralelo ao Carnaval.

Até agora o que se viu foi de que, dos limões, saiu até que uma saborosa limonada. Logicamente que as arquibancadas do complexo no Jockey Club Brasileiro estão longe de estarem lotadas, mas isso é meio que a lógica de qualquer torneio abaixo dos Grand Slam e do ATP 1000 no circuito.

O grande ganho que o Rio Open tem com o Carnaval é ter conseguido trabalhar o evento em favor da divulgação do torneio. Não apenas ao convencer as marcas a oferecerem um “combo” para os convidados VIPs, mas especialmente pela sacada que o torneio teve em colocar para desfilar na Sapucaí Rafael Nadal e David Ferrer, os protagonistas do Rio Open.

É bem provável que, de sua casa, ou no avião entre um torneio e outro, Novak Djokovic e Roger Federer tenham sentido uma pontinha de inveja dos seus rivais em quadra. Quem, afinal, nunca sonhou em conhecer o Carnaval do Rio? E desfilar, então?

A união do trabalho com o prazer foi a grande jogada para fazer com que Nadal usasse a mídia que há em torno do Carnaval para promover o Rio Open. Quem tetnou saber o que o monstro espanhol fazia ali no sambódromo rapidamente soube que ocorre, no Rio, uma competição de tênis.

O segredo dos grandes torneios do circuito é ser maior do que um ou outro atleta. O Rio Open, em seu segundo ano de vida, ainda depende demais de Nadal. Mas, com uma ou outra limonada como agora, vai ganhando seu espaço entre os grandes.

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